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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Hospital Risoleta Neves vai fechar pediatria

Hospital Risoleta Neves vai fechar pediatria por falta de recursos

Atendimento de crianças no pronto-socorro corresponde a 10% da demanda. Unidade garante que repasses financeiros estão defasados


Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS - 01/08/2015
O Hospital Risoleta Tolentino Neves informou que as dificuldades financeiras enfrentadas para o custeio das despesas da unidade vão motivar o fechamento dos atendimentos pediátricos. A instituição, por meio de sua assessoria de imprensa, emitiu um comunicado em que garante que até 4 de julho, gradativamente, vai diminuir as entradas, até interromper totalmente o funcionamento do setor.

Segundo o hospital, a pediatria foi escolhida por se tratar do local que causará o menor impacto possível na população, já que os 14 atendimentos todos os dias, em média, corresponde a 10% da demanda do pronto-socorro da unidade. O hospital também informa que as dificuldades financeiras acontecem por conta de problemas nos repasses estabelecidos com a Prefeitura de Belo Horizonte e também com o Governo de Minas Gerais. 

Ainda conforme a assessoria de imprensa do Risoleta Neves, as negociações com o poder público continuam e o quadro pode ser revertido caso os repasses sejam resolvidos. 

Outra informação divulgada pelo hospital é que o atendimento na maternidade não sofrerá nenhuma alteração, assim como o de bebês com agendamento para retorno ao laboratório da unidade. Todos os pacientes pediátricos que procurarem o Risoleta Neves serão orientados a buscarem uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima de suas residências.

RESPOSTA DA PREFEITURA Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde diz que o hospital é uma propriedade do Governo de Minas, por meio da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Em 2012, conforme a pasta, entrou em vigor um convênio que assegurarava o financiamento da unidade como responsabilidade dos governos estadual e federal, sendo 50% para cada uma das esferas. 

O mesmo convênio determinou a recomposição anual do custeio, baseado no índice de inflação dos serviços da saúde (IGPSaúde), mas, mesmo com aval das áreas técnicas, o Ministério da Saúde não fez o reajuste, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Para garantir os compromissos, a secretaria disse ter acordado com o governo do estado um aporte contingencial de R$ 3 milhões por mês, sendo R$ 1,5 milhão para cada órgão. A parte da prefeitura seria para suprir valores não corrigidos de responsabilidade federal. 
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