32 PRESOS DO" PCC " SÃO INVESTIGADOS POR ATAQUES

PCC 25/06/2016

Presos são investigados por ataques a prédios públicos

Com as 32 prisões, Polícia acredita que será mais fácil investigar atentados e assaltos a banco

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Jéssika Sisnando jessikasisnando@opovo.com.br

MAURI MELO

Material apreendido com o grupo foi apresentado à imprensa ontem

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Os 32 presos na operação que invadiu uma reunião do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um sítio em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), na última quinta-feira, 23, serão investigados por outros crimes, incluindo a série de ataques a prédios públicos que aconteceu no começo do ano no Estado. A operação foi comandada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pela Divisão Antisequestro (DAS).

Conforme o titular da DRF, delegado Raphael Vilarinho, as investigações começaram após os ataques e ações contra bancos. O delegado diz que é cedo para afirmar quais dos 32 presos estariam envolvidos com os atentados, como o do carro com explosivos estacionado ao lado da Assembleia Legislativa no dia 5 de abril.

Foram 28 ações contra prédios públicos nos meses de março e abril, iniciadas após o anúncio da aprovação de projeto lei de bloqueadores de celular em presídios, no dia 11 de março. A maioria dos prédios sofreu depredação com tiros ou artefatos explosivos.

O delegado-adjunto da DRF, Diego Barreto, ressaltou que a rotina de algumas pessoas do grupo estava sendo investigada pela Polícia Civil. Na noite de quinta, os policiais consideraram a reunião do grupo o melhor momento para agir e realizaram a operação em Maracanaú.

Um dos presos é José Deivan Aquino Oliveira, 28, conhecido como Pequeno, que responde por porte ilegal de arma, tráfico de drogas, crimes de trânsito e possuía mandado de prisão em aberto. Ele é irmão de um dos líderes do PCC, Carlos Odean.

Reunião

Conforme Raphael Vilarinho, a reunião desmanchada pela Polícia tinha o objetivo de recrutar novos membros e preparar o grupo para atacar um banco em Milhã.

Conforme o titular da Divisão Antisequestro, Antônio Pastor, os policiais foram recebidos a tiros. Alguns homens fugiram. Ninguém saiu ferido. Dos 32 presos, mais de 20 possuem antecedentes criminais.

No local, foram apreendidos uma submetralhadora artesanal calibre 380, uma pistola calibre .40 subtraída da Polícia Civil do Piauí, além de meio quilo de cocaína e munições calibre 9 milímetros e 556, de uso restrito. Além de motocicletas de luxo e celulares.

Vilarinho explica que existem na facção grupos de assalto, de tráfico de drogas e o dos homicidas. “Eles se intitulam PCC, mas a Polícia não reconhece sigla de organização criminosa e vamos combater todas as que se instalarem. Lá tinha muro pichado ‘PCC é o crime’, para querer intimidar a população”, relata o titular da DRF.

Multimídia

Veja a lista dos presos em flagrante em Maracanaú:
http://bit.ly/28Vya4W