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sábado, 23 de julho de 2016

AMAZONAS :" FALHA EM REVISTA NOS PRESÍDIOS "

No Amazonas, há falha em revista de visitantes nos presídios

Quantidade de materiais proibidos encontrada dentro dos presídios é quase três vezes maior que a apreendida na entrada das visitas aos detentos.
sábado 23 de julho de 2016 - 7:00 AM
Gisele Rodrigues / portal@d24am.com
Secretário admite que funcionários contribuem para entrada de itens proibidos.Foto: Divulgação-PM.
Manaus - A quantidade de objetos proibidos encontrados dentro das celas dos presídios é quase três vezes maior do que os materiais apreendidos nos procedimentos de revista dos visitantes, no Amazonas.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), 498 itens foram barrados com familiares e amigos de detentos, no primeiro semestre deste ano, enquanto 1.142 objetos proibidos foram localizados nos pavilhões das unidades penitenciárias, no mesmo período.
Duas armas de fogo, 32 porções de cocaína, três balanças de precisão e 12 aparelhos de rádio- transmissão estão entre os itens que passaram pela segurança da Seap, nos últimos seis meses. 
“Acontece que, no meio do caminho, tem uma pessoa chamada funcionário, pessoas que não trabalham bem. Nunca tem uma revista perfeita porque são poucos funcionários, muita visita e muita coisa para inspecionar. Passam pelo raio-X, mas ainda existe a corrupção”, admitiu o titular da Seap, Pedro Florêncio.
Segundo o levantamento da secretaria, de  outubro de 2015 a junho deste ano, 2.015 materiais proibidos foram repassados aos presos.
O sistema conta com quatro esteiras de raio-X, 22 detectores de metal do tipo portal, 25 detectores do tipo banqueta e outros 58 detectores móveis do tipo raquete, mas os equipamentos não impediram que os presos tivessem acesso a 23 facas, dois terçados, 16 tesouras e outros 52 objetos perfurantes, somente no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Seap.
Suspensão de visitas
Joias, chaves de fenda e documentos falsos são alguns dos 880 itens com que familiares e amigos de presidiários tentaram passar durante as visitas nas unidades penitenciárias do Amazonas, em todo o ano passado, conforme a Seap.
Nos primeiros seis meses de 2016, os visitantes foram flagrados com quase 500 materiais proibidos. Bebidas alcoólicas, celulares e trouxinhas de cocaína encabeçam a lista. Apesar do alto número de apreensões, os visitantes são suspensos por, no máximo, 30 dias, segundo a Seap.
Conforme a pasta, após a identificação de materiais proibidos levados pelos visitantes, é feito um termo de declaração e um comunicado relatando a apreensão dos itens, com encaminhamento do caso à direção da unidade para a definição de quantos dias o visitante terá a autorização de visita suspensa.
A  suspensão pode chegar a 30 dias. No caso de objetos mais comuns, é feito um termo de cautela, assinado pela unidade e pelo visitante, e os pertences são devolvidos.
Para apreensão de celulares e substâncias entorpecentes, é feito o mesmo procedimento do termo de declaração e comunicado e o visitante é encaminhado a uma delegacia, junto com o material apreendido. Neste caso, a visita também  fica suspensa por tempo determinado pela direção da unidade.
Bebidas são produtos com maior alta de apreensões
As bebidas alcoólicas foram os itens com o maior aumento de apreensões durante as revistas às visitas, no comparativo do primeiro semestre de 2015 e 2016.
No ano passado, foram cinco unidades e, este ano, 51. Apreensões de carregadores de celular ficaram logo em seguida, crescendo quatro vezes, neste ano.
De acordo com o secretário da Seap, Pedro Florêncio, as joias (34) encontradas nas revistas aos familiares servem para pagar dívidas e ostentar poder na cadeia.
Já a bebida, segundo Florêncio, representam a continuação dos vícios adquiridos fora das penitenciárias. “Entram com bebida e com  maconha porque os presos continuam com o mesmo vício que tinham do lado de fora”.http://new.d24am.com/noticias/amazonas/amazonas-falha-revista-visitantes-presidios/155728

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