Governador de Minas não descarta risco de rebeliões em presídios
Por Marcos de Moura e Souza | Valor
BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), não descartou o risco de rebeliões em presídios no Estado, mas afirmou que a situação, por enquanto, é mais tranquila do que a do Rio Grande do Norte e de Pernambuco.
Pimentel se reuniu no fim da manhã desta segunda-feira com o novo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), para discutir algumas ações de reforço de segurança na cidade.
Uma das medidas será a ampliação no número de vans da polícia militar que ficam estacionadas em alguns pontos da capital mineira e que funcionam como bases comunitárias. Hoje são cerca de 20 unidades. Nos próximos meses, segundo Pimentel, serão 86 ao todo.
Kalil lembrou que, na semana passada, 1 mil novos policiais militares se formaram e que quase a metade passará a atuar nas ruas de Belo Horizonte.
Após o encontro, ao ser questionado por jornalistas sobre o risco da onda de rebeliões, como as ocorridas nos últimos dias em Natal e no Recife, chegarem aos presídios de Minas, o governador não descartou.
“Eu não quero ser leviano e dizer que não tem risco. Risco sempre existe, mas nós temos hoje com toda a certeza os presídios numa situação de tranquilidade”, disse ele. “É claro que tem uma pressão muito grande por que há uma excesso de presos em relação ao número de vagas, mas nós estamos numa situação muito mais traquila do que aquelas [de Natal e Recife].
Há alguns dias, houve um motim que terminou sem mortes em um dos presídios da cidade de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Ainda sobre a situação das penitenciárias, Pimentel afirmou que seu governo trabalha em duas frentes. Uma delas é, segundo ele, terminar obras em presídios para aumentar o número de vagas. Outra é buscar junto à Justiça mineira acelerar os processos nos quais os presos já podem ir para o regime semi-aberto.
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