12:42 - 8.1.2017
Ao menos quatro mortos em nova rebelião em outro presídio de Manaus
Ao menos quatro presos foram assassinados durante a madrugada deste domingo em outro presídio de Manaus, aumentando para quase uma centena o número de mortos nessa sangrenta semana para as prisões brasileiras.
O confronto, no qual a maioria das vítimas foram decapitadas, aconteceu no presidio público Desembargador Raimundo Vidal Pessoa por "motivo desconhecido", segundo comunicado do Comitê local de gestão de crise enviado à AFP, no qual ressaltou que "a situação neste momento é considerada estável".
A prisão, localizada no centro da cidade e fechada em outubro por suas más condições foi reaberta com urgência na segunda-feira (2) para acomodar quase 300 detentos procedentes de outros três presídios de Manaus.
As autoridades locais pretendiam assim separar presos das duas facções envolvidas no massacre ocorrido no domingo passado, no qual 56 internos foram brutalmente assassinados no complexo penitenciário Anísio Jobim (Compaj) também na capital do Amazonas.
Na tarde de segunda-feira, outros quatro foram encontrados em outra unidade do mesmo recinto.
Amontoados na enfermaria e na capela, as péssimas condições da prisão para a qual foram transferidos desencadearam um tumulto dos internos na sexta-feira (6), que manifestaram-se exigindo melhorias. O protesto se dispersou sem vítimas sob promessa de que seriam redistribuídos assim que terminarem as obras.
Em Roraima, no mesmo dia, outra revolta deixou 33 detentos mortos agravando a crise do sistema penitenciário brasileiro, acometido por superlotação carcerária e o domínio das facções.
Ainda que o número total tenha sido estimado em 31 mortos, nesse sábado (7) foram encontrados dois corpos enterrados no mesmo presídio de Boa Vista, onde teve lugar a tragédia.
Essa última onda de violência foi iniciada, segundo investigações, por causa da guerra aberta entre o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminal do país, e o Comando Vermelho -apoiado por seus aliados locais da Família do Norte-, que controla nacionalmente o narcotráfico.
Com 622.000 pessoas privadas de liberdade -em sua maioria jovens negros-, o país tem a quarta maior população carcerária do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Rússia, de acordo com dados oficiais.
A nível nacional, a porcentagem de ocupação das prisões é de 167%, e um informativo do Ministério de Justiça estima que teriam que aumentar os locais em 50% para solucionar o problema.
Na quinta-feira (5), o governo de Michel Temer anunciou um novo plano de segurança que prevê a criação de novas prisões em todos os estados, assim como medidas de modernização do sistema.
http://m.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20170108/obama-admite-ter-subestimado-impacto-interferencia-russa-nas-eleicoes/448111
O CAOS ESTÁ INSTALADO NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO.AGORA A REALIDADE É MOSTRADA,A INSEGURANÇA DOS SERVIDORES, PRESÍDIOS TRANSFORMADOA EM DEPÓSITOS DE PRESOS. A SOLUÇÃO SERÁ UM SISTEMA FORTE,COM DIRETRIZES SEVERAS AOS CUMPRIDORES DE PENA.A SOCIEDADE DEVE ACORDAR E O GOVERNO MUDAR O CÓDIGO PENAL QUE SÓ AJUDA O VAGABUNDO.ESTAMOS NA LUTA PELA APROVAÇÃO DA PEC DA POLÍCIA PENAL, REPRESENTANTES SERIOS VEM MOBILIZANDO.
ResponderExcluirTEM QUE ACABAR COM A SUPERLOTAÇÃO E DAR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO AOS SERVIDORES PENITENCIÁRIOS . TMJ.
A complexidade do Sistema Prisional.
ResponderExcluirEstive recentemente reunido em Brasilia com o lider do governo Michel Temer, deputado Andrė Moura, juntamente com o deputado federal Lincoln Portela, e lideranças nacionais por ocasião da caravana de Mobilização Nacional em prol da aprovação da PEC 308 - Policia Penal.
Duas semanas após nos reunimos com a Ministra Carmem Lúcia, presidente do STF.
Nessas reuniões, expomos a essas autoridades, a necessidade da criaçao da Policia Penal.
A Policia Penal é imprescindível para o enfrentamento da violência e o crime organizado que assola o País e domina o tráfico dentro e fora dos presídios.
O sistema penitenciario tem sido tema nos noticiarios do Brasil e do mundo em função dos episódios de massacres ocorridos no estado de Amazonas e em Roraima.
Muitos especialistas tem sido convidado para debater o tema na busca de uma solução efetiva, sem contudo equacionar o problema.
Importante ressaltar que em nenhum meio de comunicação foi convidado alguem que realmente conhece de perto o assunto, que pisa todos os dias no campo minado do inimigo, que conheça de perto as mazelas do sistema prisional.
Os ditos especialistas em segurança pública muitos nunca pisaram numa unidade prisional, sobrevoam os campos minados, mas nunca pisaram neles.
Quem conhece as mazelas do sistema prisional são os agentes penitenciarios, mas nao vi nenhum ser convidado para debater esse tema tão importante no atual contexto pelo qual passa o País.
Outrossim, no que diz respeito ao pacote de medidas adotadas pelo governo, percebe-se que são medidas paliativas, pois não atinge o cerne do problema e em função disso nao trará nenhuma solução efetiva.
Imagina alguem que pretende construir uma casa e para isso contrata um enfermeiro, um psicólogo para dar inicio á obra. Como vocês acham que vai sair essa construção? Uma trajédia claro, pois os profissionais citados com todo respeito que merecem, nada entendem de obra. São especialistas em suas profissões, mas nao conhecem de construção.
Da meama forma, o projeto de segurança publica que o governo pretende implementar, nunca dará certo se nao alcançar aqueles que são os grandes responsaveis pela construção desse novo modelo de gestão prisional.
O sistema penitenciario é formado por um tripé, composto pelo sentenciado, o servidor público e a sociedade.
Entretanto, é inadmissível que o agente penitemciario fique de fora desse pacote de medidas do governo federal.
Vale ainda ressaltar, que as mudanças concernentes aos agentes penitenciarios, perpassa necessariamente pela valorização, inserção na segurança pública e que objetive equipar os policiais penais com todos os mecanismos para o combate ao crime organizado.
A policia penal foi imprescindível no enfrentamento da máfia Italiana, entretanto, o Brasil resiste em adotar esse modelo que deu certo na Itália.
POLICIA PENAL JA, a solução esta patente, só os governantes nao enxergam.
Edivaldo Machado.
Lider da comissão nacional pec 308.
Diretor da AMASP-MG em assuntos da pec 308.