Juíza cita insatisfação de presos com regras da Penitenciária de Blumenau
Na manhã desta segunda (15), Deap registrou 1º tumulto na unidade. Detentos pedem TVs, mais comida e visitas íntimas, diz juíza corregedora.
15/08/2016 18h51 - Atualizado em 15/08/2016 19h10
A juíza corregedora da Penitenciária Industrial de Blumenau, Jussara Wandscheer, afirmou nesta terça-feira (15) que os presos transferidos para o local demonstram insatisfação com os procedimentos e regras da unidade. Pela manhã, o Departamento de Administração Prisional (Deap) registrou o primeiro tumulto desde que a penitenciária começou a receber presos, há cerca de 90 dias. Quatro presos tiveram ferimentos.
"Nas inspeções realizadas por este juízo verificou-se que os apenados (em especial os provenientes do Complexo da Canhanduba e do Presídio Regional de Blumenau) estão descontentes com a transferência de local para cumprimento da pena", disse a juíza em nota enviada à RBS TV.
Em março do ano passado, o Presídio Regional, onde ficava boa parte dos presos, havia sido alvo da Operação Regalia, que revelou o comércio ilegal de privilégios na unidade.
Conforme o Deap, o motivo do tumulto desta segunda na nova penitenciária está relacionado às normas de visitas de familiares na unidade. Segundo a juíza Jussara Wandscheer, "os presos querem que sejam liberados aparelhos de televisão e de rádio nas celas, bem como maior número de vistas de familiares e de visitas íntimas".
Parentes de presos informaram à RBS TV que alguns deles estavam sem receber cobertores, meias e roupas íntimas. Segundo a juíza, em junho foi realizada uma visita "minuciosa" no presídio, por solicitação dos próprios presos. A compra de artigos de inverno foi resultado da verificação.
Conforme a juíza, todos os internos agora têm três cobertores e foi solicitada a compra de dois pares de meias a todos. O estado também forneceu aos presidiários duas mudas de roupas de inverno, com calças e moletons.
Tumulto
O tumulto foi registrado no início da manhã e já estava controlado à tarde, segundo o Deap. De acordo com a RBS TV, pela manhã, cerca de 30 parentes dos presos estiveram na frente da unidade e informaram ter ouvido tiros e barulhos de explosão, mas o departamento não confirmou.
Conforme a juíza, o internos realizaram "movimentação na unidade" com "chutes de portas e de grades". A Justiça ainda disse que na unidade "foi necessário o uso progressivo da força para conter os internos", segundo informações da direção.
O tumulto foi registrado no início da manhã e já estava controlado à tarde, segundo o Deap. De acordo com a RBS TV, pela manhã, cerca de 30 parentes dos presos estiveram na frente da unidade e informaram ter ouvido tiros e barulhos de explosão, mas o departamento não confirmou.
Conforme a juíza, o internos realizaram "movimentação na unidade" com "chutes de portas e de grades". A Justiça ainda disse que na unidade "foi necessário o uso progressivo da força para conter os internos", segundo informações da direção.
A juíza conta que, depois da aplicação de "medidas legais necessárias", o almoço foi fornecido normalmente e a unidade, estabilizada.
Inspeções anteriores
Também havia denúncias de comida vencida e número de refeições insuficiente, de acordo com a juíza, que não se confirmaram. No local são servidas três refeições, o que a Justiça entende como suficiente, e os insumos estariam frescos.
Sobre violência contra detentos, a juíza diz que "conversou em separado com diversos internos (longe dos agentes penitenciários) e, questionados, negaram a existência de maus tratos ou agressões físicas". Um deles passou por exame do IML, com laudo que atestou inexistência de lesões.
Também havia denúncias de comida vencida e número de refeições insuficiente, de acordo com a juíza, que não se confirmaram. No local são servidas três refeições, o que a Justiça entende como suficiente, e os insumos estariam frescos.
Sobre violência contra detentos, a juíza diz que "conversou em separado com diversos internos (longe dos agentes penitenciários) e, questionados, negaram a existência de maus tratos ou agressões físicas". Um deles passou por exame do IML, com laudo que atestou inexistência de lesões.
A Penitenciária Industrial de Blumenautem capacidade para 599 detentos e estva com 510 presos até esta segunda. O departamento não esclareceu em que ala o tumulto começou.
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