'Experiência é tudo', diz servidor após assumir direção da Agepen em MS
Agente penitenciário Aud de OIiveira Chaves assumiu cargo interino. Ailton Stropa pediu exoneração depois de ser alvo da operação do Gaeco.
08/02/2017 13h30 - Atualizado em 08/02/2017 13h30
Com quase duas décadas de trabalho no sistema carcerário de Mato Grosso do Sul, o agente penitenciário Aud de Oliveira Chaves, novo diretor-presidente interino da Agência Estadual do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen), aposta na experiência para atuar no cargo.
"Acho que a experiência é tudo. Ter um servidor de carreira para dirigir uma instituição que ele conhece e ter uma equipe que conhece é um passo importante para que se tenha uma boa gestão. Isso vai acrescentar muito para a Agepen", afirmou ao G1 durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8), na Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Apesar de assumir o cargo como interino, o secretário de justiça José Carlos Barbosa disse que Aud pode ser diretor definitivo da Agepen.
"É um interino que pode se transformar em definitivo", afirmou. O prazo para o anúncio definitivo do cargo é de 90 dias, segundo Barbosa, que comentou também a escolha de Aud.
"São 17 anos de carreira dedicados ao sistema penitenciário. Ele teve experiência para que chegasse a esse momento", finalizou.
Esta é a primeira vez que um servidor de carreira assume cargo de direção-presidência da Agepen, que é a instituição responsável pela administração do sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul desde 1979.
Aud substitui o juiz aposentado Ailton Stropa Garcia que pediu exoneração depois de ser alvo da operação Girve, deflagrada no dia 27 de janeiro de 2017.
A indicação de Aud para a presidência da Agepen é bem vista pelos servidores da categoria, segundo André Luiz Santiago, presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap).
"A maior da categoria era justamente ter autonomia que um servidor de carreira ocupasse esse cargo e o governo cumpriu com acordo de transição de que assim que o drº Ailton saísse assumiria um servidor de carreira. É o primeiro diretor que é de carreira e, com certeza, vamos abraçar e esperamos que tenha uma ótima administração", afirmou Santiago.
Trajetória
Apesar de servidor da Agepen desde 1999, Aud de Oliveira Chaves ingressou na carreira de agente penitenciário apenas em 2001, quando foi aprovado no concurso público, na área de Segurança e Custódia. Formado em Tecnólogo de Segurança no Trabalho, tem especialização em Gestão Penitenciária e Gerenciamento de Crises.
Apesar de servidor da Agepen desde 1999, Aud de Oliveira Chaves ingressou na carreira de agente penitenciário apenas em 2001, quando foi aprovado no concurso público, na área de Segurança e Custódia. Formado em Tecnólogo de Segurança no Trabalho, tem especialização em Gestão Penitenciária e Gerenciamento de Crises.
Em 17 anos de carreira, ele atuou como chefe de equipe de plantão e em chefias de Disciplina e de Segurança. Foi diretor-adjunto do Instituto Penal de Campo Grande por cerca de quatro anos, presídio onde respondeu também pela direção, em caráter de substituição legal. Ocupou ainda o cargo de chefe do Setor de Transportes da Agepen, função que ocupava até a nomeação como diretor-presidente.
Operação Girve
Stropa é um dos investigados na operação Girve. A investigação refere-se à apuração de ilegalidades cometidas durante a realização do Curso de Treinamento para Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul, que dá nome à operação.
Stropa é um dos investigados na operação Girve. A investigação refere-se à apuração de ilegalidades cometidas durante a realização do Curso de Treinamento para Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul, que dá nome à operação.
O Gaeco cumpriu sete mandados de busca e apreensão na investigação que apura a prática dos crimes de peculato, falsidade documental e corrupção envolvendo diretores da Agepen, inclusive na sede da agência, na capital, e nas casas dos diretores em Aquidauana, Dourados e Campo Grande.
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